Vanya Moreira
31 de outubro de 2012
27 de outubro de 2012
21 de outubro de 2012
O que mais me deteve, do que pensei,
era assim: a perda do amor é igual à perda da morte.
Só que dói mais.
Quando morre alguém que você ama,
você se dói inteiro(a)- mas a morte é inevitável, portanto normal.
Quando você perde alguém que você ama,
e esse amor – essa pessoa – continua vivo(a),
há então uma morte anormal.
Caio Fernando Abreu
20 de outubro de 2012
Ontem chorei.
Por tudo que fomos.
Por tudo o que não conseguimos ser.
Por tudo que se perdeu.
Por termos nos perdido.
Pelo que queríamos que fosse e não foi.
Pela renúncia. Por valores não dados.
Por erros cometidos.
Acertos não comemorados.
Palavras dissipadas.Versos brancos.
Chorei pela guerra cotidiana.
Pelas tentativas de sobrevivência.
Pelos apelos de paz não atendidos.
Pelo amor derramado.
Pelo amor ofendido e aprisionado.
Pelo amor perdido.
Pelo respeito empoeirado em cima da estante.
Pelo carinho esquecido
junto
das cartas envelhecidas no guarda- roupa.
Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados.
Pela culpa. Toda a culpa.
Minha. Sua. Nossa culpa.
Por tudo que foi e voou.
E não volta mais, pois que hoje é já outro dia.
Chorei.
Apronto agora os meus pés na estrada.
Apronto agora os meus pés na estrada.
Ponho-me a caminhar sob sol e vento.
Vou ali ser feliz e já volto.
Caio Fernando Abreu
14 de outubro de 2012
13 de outubro de 2012
11 de outubro de 2012
10 de outubro de 2012
7 de outubro de 2012
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